III. Capítulo
 
Mecânica


Impressions




Tecnologia na orla da caixa de areia

 

conteúdo

 

1.                                 breve descrição da actividade

 

2.                                 programa

 

3.                                 concepção didáctica

 

4.                                 materiais e ferramentas

 

5.                                 custos

 

6.                                 condições

 

7.                                 papel do professor

 

8.                                 aspectos técnicos

 

9.                                 pilotagem: localização e contexto

 

10.                            Perspectiva

 

 

1.   Breve descrição da actividade

 

Uma situação espontânea na orla de uma caixa de areia de um acampamento é passível de ser aproveitada como actividade de educação tecnológica ao alcance de qualquer professor. O segundo aspecto atractivo desta actividade é o de que se pode utilizar materiais naturais disponíveis em quase todos os espaços na natureza. O terceiro é o facto de este tipo de actividade ser atractivo para vários níveis etários (dos 2 aos 13!).

Neste caso, tudo começou com um adulto a reunir paus para fazer uma tenda. Isto atraiu de imediato a atenção de duas crianças (2 e 4), que a princípio copiaram, mas rapidamente evoluíram para  ideia de diferentes formas de tenda e logo surgiu uma espécie de teatro de fantoches. A realidade e a imaginação misturam-se, os paus passam a ser pessoas, crianças, bebés. Satisfaz-se toda a espécie de necessidades e constroi-se toda a espécie de atributos, tais como uma fogueira, um assador, um berço para o bebé, um totem… Entretanto, já muitas outras crianças de idades diferentes se juntaram.

As invenções de um adulto não são mais que iniciativas subtis, como cavar um rio e fornecer alguns materiais e, por vezes, fazer algumas perguntas “O que é que eles bebem? Como é que se vestem? Será seguro? Será que eles vendem alguma coisa?” etc.. As crianças acreditam no seu jogo e têm orgulho em mostrar aos pais o que produzem.

Neste caso, pouco depois, já outras crianças mais velhas estavam a construir uma aldeia do outro lado da caixa de areia. Aparentemente cansados do rio que passava a vida a perder a água, conceberam um com um leito coberto de folhas, em que obviamente a água ficava mais tempo. Regressado de um passeio a pé, já esta nova aldeia tinha evoluído para um lugar agradavelmente elaborado, com muitos detalhes, alguns deles “técnicos” como um espeto, poço de água com um cesto e uma corda numa roldana...

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2.                                 Programa

 

Para esta actividade espontânea não houve qualquer planificação. É, no entanto, importante que haja algum tempo livre porque é totalmente negativo acabar com a actividade quando as crianças estão completamente envolvidas.

 

3.                                 Concepção didáctica

 

A actividade inicia-se como uma actividade de aprendizagem orientada para a experiência. Se um adulto intervier com cuidado e alguma distância e sentido de oportunidade, poderá tornar-se Educação Orientada para o Desenvolvimento.

A abordagem temática (“storyline”) oferece muitas oportunidades de estruturar esta actividade um pouco mais (ver parágrafo 9).

O esquema básico consiste de 3 componentes:

Acontecimento – perguntas-chave – actividades.

De forma mais elaborada, teremos:

Acontecimento – perguntas-chave – actividades – organização da turma – materiais – atenção especial à qualidade de...

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4.                                 materiais e ferramentas

 

Todos os materiais com excepção do fundo do poço eram naturais: paus, folhas, bagas, erva, areia, pedras, água...

Seria interessante acrescentar materiais artificiais simples que permitissem compreender a evolução da tecnologia.

 

5.                                 Custos

 

Nenhum

 

6.                                 Condições

 

Uma caixa de areia e espaço aberto, num parque, por exemplo, além de alguns materiais naturais, a serem retirados da natureza, de preferência, porque assim se reforçará a relação das crianças com ela.

 

7.                                 O papel do professor

 

O professor, ou um guia, deveria apenas brincar com as crianças de forma a não ser notado. As intervenções do adulto devem ser subtis, como cavar um rio e fornecer novos tipos de materiais e, por vezes, fazer perguntas.

 

8.                                 Aspectos técnicos

 

A maior parte dos aspectos técnicos relacionam-se com a construção e com simples dispositivos mecânicos, tais como a alavanca e a roldana.

 

9.                                 Pilotagem: localização e contexto

 

Um acampamento em Zeeland, na Holanda, com crianças que mal se conheciam antes.

 

10.                           Perspectivas

 

Para desenvolver mais esta actividade e para certos grupos etários, a abordagem temática (storyline approach) bastará. Encontrá-la-á claramente descrita por Steve Bell e Vos/Dekkers em:

 

- Bell, S., K. Fifield & S. Bradshw (ed.) The Scottish Storyline Method, a training Manual. Educational Resources Northwest, Portland, 1990.

- Vos, E. & P. Dekkers, Verhalend Ontwerpen, een draaiboek, Groningen, 1994

 

O aspecto mais atractivo desta abordagem é o do equilíbrio entre a planificação do professor (designer) e a liberdade que as crianças têm de preencher cada episódio. Há, pois, alguma garantia de que os objectivos educacionais sejam prosseguidos, enquanto as crianças estão envolvidas na sua história e preocupadas em resolver a próxima questão que vai certamente surgir.

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Download (todos os materiais): sandpit.zip

 

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Haagse Hogeschool, Sector Onderwijy, Sport en Talen

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