LUZ, espelhos e imagens
Early
Technical Education
Universitade de Barcelona
Cerveró, JM; Cabellos, M; Castells, M
ÍNDICE
1. ASpectos GERAIS
1.1. Apresentação
1.2. Campos a explorar
1.3. Considerações didácticas
1.4. Abordagem metodológica
2. as superfícies
brilhantes e os espelhos.. 3
2.1. Conteúdos chave
2.2. Tópicos interdisciplinares relacionados. Erro! Marcador não
definido.
2.3. Procedimentos e questões sugeridas 3
2.4. Alguns prolongamentos possíveis. Erro! Marcador não
definido.
2.5. Materiais. 4
3. espelhos e
imagens.. Erro! Marcador não
definido.
3.1. Conteúdos chave. Erro! Marcador não
definido.
3.2. Tópicos interdisciplinares realcionados. 5
3.3. Procedimentos e questões sugeridas. 5
3.4. Alguns prolongamentos possíveis. Erro! Marcador não
definido.
3.5. Materials. 7
4. Espelhos e a
deflexão da luz.. 7
41. Conteúdos chave. Erro! Marcador não
definido.
4.2. Tópicos interdisciplinares realcionados. 5
4.3. Procedimentos e questões sugeridas. 5
4.4. Alguns prolongamentos possíveis. Erro! Marcador não
definido.
4.5. Materials. 7
luz, espelhos
e imagens
1. Aspectos gerais
1.1. Apresentação
A criança, desde os primeiros anos de vida, está familiarizada com o
fenómeno de interacção entre a luz e os materiais. As crianças têm contacto com
este aspecto, particularmente com imagens ou brilhos produzidos em superfícies
reflectoras, muitas vezes durante as suas brincadeiras.
Os objectos brilhantes utilizados com funções decorativas ou de comunicação
e os espelhos utilizados para ver o que de outra forma não seria visível, são
algumas das tecnologias mais antigas, relacionadas com a luz, certamente tão
antigas como o uso das cores.
1.2. Campos a explorar
De um
ponto de vista holístico e não sequencial, a nossa proposta didáctica para a
luz, espelhos e suas aplicações leva-nos a considerar os seguintes campos de
exploração:
-
As superfícies brilhantes e os
espelhos.
-
As imagens nos espelhos.
-
Os espelhos e a deflexão da luz.
As
actividades propostas são dirigidas a crianças com idades entre 3 e 11 anos.
Para estas idades as propostas didácticas têm de estar relacionadas com as
experiências e com o meio cultural da criança. Portanto, a nossa proposta
didáctica assenta em situações que decorram do contexto sócio-cultural das
crianças. Tem em consideração objectivos de educação científica e tecnológica:
por exemplo, nalguns momentos interessa-nos compreender como é que a luz vai de
um lugar para outro, e noutros momentos estamos mais interessados em saber o
que temos de fazer para iluminar um local escuro.
O
ponto de vista que adoptamos para escolher as actividades é holístico e
baseia-se em diferentes percepções das interacções entre a luz e os objectos e
das respectivas consequências ou aplicações sociais. Assim, a ordem de
apresentação das actividades não é necessariamente a mesma a seguir no trabalho
com as crianças. Qualquer actividade pode ser desenvolvida quando o professor
considerar apropriado.
Pensamos
que a maioria das actividades propostas podem ser adaptadas a crianças dos 3
aos 12 anos de idade, mas o professor é que tem de decidir quais as actividades
específicas que pode fazer com os seus alunos.
Na
secção de sugestões de procedimentos e questões realçamos o papel do professor.
O professor deve motivar as crianças e apoiá-las nas suas acções e explicações.
O professor deve estimular as crianças a explicarem e a provarem as suas
ideias, mas também há momentos em que tem de ser o professor a explicar. É
óbvio que a linguagem, o estilo e a intensidade do apoio do professor dependem
da idade das crianças e do tipo específico da actividade.
1.4. Abordagem metodológica
O
conjunto de objectivos de educação científica e tecnológica implica a
apresentação de uma composição de metodologias já comentadas nos capítulos 1 e
2 do projecto.
Para
algumas actividades a abordagem metodológica consiste na análise de objectos,
combinada com a exploração de situações que pode ser livre ou orientada por
questões. As actividades deste tipo implicam a utilização de estratégias de
resolução de problemas.
Outras actividades propostas são
basicamente actividades de resolução de problemas reais ou baseadas na
metodologia do Projecto, onde os alunos têm de desenhar e elaborar o projecto.
Com as actividades deste campo, as crianças desenvolvem a experiência e o
conhecimento sobre objectos que têm superfícies brilhantes e sobre as suas
aplicações. O trabalho dos alunos com os objectos que brilham estimula as suas
capacidades de observação e de explicação.
2.1. Conteúdos chave
A luz
reflecte-se (brilha) de uma forma especial em objectos com superfícies polidas.
Alguns
materiais (vidros, plásticos, superfície da água, metais, algumas pinturas)
proporcionam superfícies reflectoras (brilhantes) especiais.
O
brilho de um objecto depende da sua limpeza e estado de conservação.
O
brilho de um objecto depende também da iluminação e do local de onde é visto.
2.2. Tópicos interdisciplinares relacionados
A
utilização de objectos brilhantes com decoração em diversas culturas.
A
utilização de tintas reflectoras nos sinais de trânsito e nos veículos.
O
professor deve fazer uma introdução que leve as crianças a interessarem-se
pelos objectos brilhantes. É aconselhável que na introdução recorra a objectos
reais.
É
provável que algumas crianças considerem que os objectos brilhantes são fontes
de luz e assim será necessário prever alguma actividade que permita a discriminação
entre objectos brilhantes e objectos luminosos.
-Quais os objectos que nos dão luz e quais os que brilham?
-O que queremos dizer quando dizemos que uma coisa brilha?
O
professor pode colocar aos alunos questões com as que se seguem, tentando
concretizar sempre que possível com objectos:
-
Que objectos da sala (da casa,
da rua) brilham?
-
Quais os que brilham mais?
Porque é que brilham mais? (Os
maiores, os mais polidos ou limpos, os que são feitos de vidro, depende de onde
estamos quando olhamos para eles
)
-
Se um objecto brilhante não
está a brilhar, qual será a razão? (O
objecto brilhante não está limpo, está riscado, corroído, ou não está
suficientemente iluminado)
-
O que podemos fazer para que
brilhe mais ou menos?
-
Para que servem os objectos
brilhantes? Porque é que têm de ser brilhantes?
Todas
estas perguntas pressupõem que as crianças têm de agir sobre os objectos e que
têm de falar dessas suas experiências.
2.4. Alguns prolongamentos possíveis
Projecto
aberto de desenho e montagem de uma construção com objectos brilhantes. Ao
princípio, os alunos têm de pesquisar uma utilidade para o objecto construído
(decorativa, informativa, para chamar a atenção, etc.) e depois têm de o
desenhar e construir.
Investigar
quais os elementos de segurança de trânsito que são baseados na reflexão da
luz,
É possível
trabalhar com objectos que sejam utilizados tanto na sala de aula como em casa.
Os únicos materiais específicos podem ser os que são utilizados nos veículos ou
no trânsito com tinta reflectora.
3. Espelhos e imagens
Neste
bloco de actividades, os alunos adquirem experiência e conhecimentos sobre
imagens produzidas por espelhos e respectivas aplicações. Desenvolvem também
diversas competências relacionadas com espaço e simetria.
3.1. Conteúdos chave
Algumas
superfícies, a que chamámos espelhos, dão-nos imagens nítidas.
Os
espelhos permitem-nos ver objectos que não conseguimos ver directamente.
Os
espelhos que não são planos dão imagens deformadas.
Os
espelhos curvos para fora (convexos) permitem-nos ver um espaço grande.
As
imagens dos espelhos são simétricas dos objectos.
Se
combinarmos vários espelhos podemos obter imagens múltiplas.
Utilização de espelhos em
veículos e cruzamentos
Utilização de espelhos para ver
o seu próprio corpo (para se vestir bem, para dançar)
A utilização recreativa dos
espelhos (imagens deformadas, caleidoscópio)
É
provável que algumas crianças experimentem dificuldades com as palavras imagem
reflectida, reflectir, reflexão, reflector e portanto será necessário
fazer algumas actividades sobre significados:
-
Alguém sabe o que significa
imagem reflectida?
-
O queremos dizer quando dizemos
reflexão?
Se os
objectos brilhantes já foram trabalhados antes, o professor poderá relembrar às
crianças o trabalho feito com os objectos brilhantes e perguntar:
-
Em que objectos brilhantes podes
ver a tua imagem?
-
Em qual deles é que a tua imagem
está melhor? (Espelhos)
-
Quais os que fazem imagens
divertidas? (Superfícies curvas)
-
Em quais é que podemos ver mais
coisas? (Espelhos convexos)
-
Em que lugares e porque é que
são usados estes espelhos?
O
professor pode propor usar o espelho para se ver a si mesmo, para ver o que
temos atrás de nós, para ver o que está escondido atrás, sob ou sobre alguma
coisa. Os alunos teriam de fazer estas experiências em pequenos grupos, e
supervisionados por um adulto.
O
professor pode introduzir o periscópio didáctico, falando, por exemplo, de
submarinos. Numa primeira fase, as crianças têm de se familiarizar com a
utilização das peças do periscópio, especialmente com as que têm espelho. As
crianças têm de ver através das peças angulares e responder a perguntas como:
-
Onde está o que vês?
-
Com é que tens de colocar esta
peça para veres o objecto?
A
seguir, o professor pode fazer propostas sobre qual o modelo a construir,
tomando como base o modelo do periscópio, de forma a ver um objecto a partir de
um determinado local.
Este
modelo de base permite o surgimento de diversos problemas. A dificuldade dos
problemas surgidos tem de ser progressiva: ao princípio com construções mais
simples e só com uma peça angular e depois com construções mais complexas e com
mais do que uma peça angular.
Quando
as crianças já estão familiarizadas com o periscópio e o modelo da construção,
podem fazer actividades aos pares, nos quais uma das crianças situa o objecto e
os obstáculos e a outra tem de encontrar a solução.
O
professor pode propor experimentar com dois espelhos e um objecto par trabalhar
com múltiplas imagens e perguntar às crianças:
-
Como é que podemos ter duas
imagens?
-
Como podemos ter mais de duas
imagens?
O
professor pode trazer para a sala de aula alguns caleidoscópios (se for
possível os que foram desmontados) e dá-los às crianças. O professor pode
perguntar:
-
Alguém sabe como é o
caleidoscópio por dentro?
-
Alguém sabe como é que o
caleidoscópio é feito?
-
Alguém sabe como é que o
caleidoscópio trabalha?
O
professor pode propor às crianças que desmontem o caleidoscópio e que respondam
às perguntas anteriores.
O
professor pode também propor experimentar com dois espelhos para obter
múltiplas imagens.
O
professor pode propor aos alunos a observação de situações nas quais se veja
claramente como as imagens são simétricas dos objectos. Pode, por exemplo,
mostrar o desenho de metade de uma cara e com o espelho obter a face toda; pode
também mostrar fotografias com imagens reflectidas na superfície da água; com
as crianças que sabem ler pode mostrar palavras escritas de forma invertida;
pode também reconstruir um objecto a partir de pedaços deste, através de um
espelho, etc. O professor pode perguntar:
-
O que acontece à face quando
colocamos o espelho?
-
Como é que a paisagem é vista na
água?
-
Como é que as letras e as
palavras são vistas com o espelho?
-
Com podemos reconstruir objectos
com espelhos?
O
professor pode propor que as crianças utilizem espelhos para completar partes
de uma foto ou de objectos simétricos ou para inverter imagens.
3.4. Alguns prolongamentos possíveis
Projecto
aberto de desenho e montagem de uma construção com espelhos e/ou peças de
periscópio par ver algum local do interior ou do exterior da sala de aula que
seja difícil de ver.
Projecto
aberto de desenho e construção de um objecto artístico com espelhos e objectos
ou fotografias.
Desenho
e construção de um caleidoscópio.
Objectos
comuns que dêem imagens, espelhos pequenos de plástico, espelho convexo,
espelho de dentista e espelhos grandes onde as crianças se possam ver por
inteiro.
Periscópio
didáctico: o periscópio é um objecto tecnológico que permite ver objectos que
não são visíveis porque estão acima ou atrás de uma superfície ou de um objecto
grande. O periscópio didáctico consiste numa montagem de dois tipos de peças:
as angulares que têm um espelho que deflecte a luz 90º e as peças lineares.
Todas as peças podem ser abertas para ver o que lá está dentro.
Estas
peças podem ser acopladas numa base de esquadria que permite diversos jogos ou
situações problemáticas mais ou menos complexas e independentes da idade das
crianças.
Caleidoscópios,
alguns dos quais desmontáveis, e espelhos de plástico.
4.
Espelhos e a deflexão da luz
As
crianças não têm consciência da propagação da luz e da sua função na
visibilidade dos objectos. Com estas experiências tentamos que as crianças se
tornem mais conscientes da propagação rectilínea da luz e tentamos que
desenvolvam a sua experiência e conhecimento sobre o comportamento da luz
incidente nos objectos, especialmente nos espelhos.
4.1. Conteúdos chave
A luz
viaja através de uma linha rectilínea, entre a fonte e o objecto
Quando
a luz atinge o objecto é reflectida.
Os
espelhos deflectem a luz de uma forma especial.
4.2. Tópicos interdisciplinares relacionados
A
utilização da luz para comunicar mensagens.
4.3. Procedimento e questões sugeridas
O professor pode propor às
crianças que utilizem uma lanterna para iluminar objectos e pode perguntar
-
Como temos de colocar a lanterna?
-
Para onde temos de orientar a lanterna?
-
Como é que a luz vai da lanterna
para o objecto? (As crianças podem tentar seguir com a mão o caminho que a
luz percorre)
-
O que acontece à luz quando
atinge um objecto ou uma parede?
O professor pode propor às crianças usarem um
espelho para deflectir a luz da vela e para o orientar para alguns sítios na
parede e perguntar:
-
Como é que a luz vai da lanterna
para a parede?
-
O que acontece quando a luz
atinge o espelho?
-
Qual é o caminho que a luz faz
da lanterna para a parede?
-
Porque é que se pode ver o
objecto?
O
professor pode propor às crianças actividades com lanternas e espelhos,
orientando a luz para pontos específicos.
O
professor pode propor às crianças actividades com o periscópio didáctico. Se as
crianças não conhecerem ainda o periscópio, seria necessário fazer alguma
actividade de introdução par ver como a luz é deflectida num espelho.
Se as
crianças já trabalharam com o periscópio, pode fazer a experiência destapando-o
e usando-o para enviar um raio de luz e seguir o caminho da luz par o
periscópio.
O
professor pode propor às crianças que usem o periscópio e a mesa de montagens
para enviar luz de algum sítio da mesa par outro sítio da mesma mesa. Pode
dizer às crianças para destaparem o periscópio e para descobrirem e desenharem o
caminho que a luz segue.
4.4. Alguns prolongamentos possíveis
Projecto aberto de desenho e construção de um dispositivo de comunicação ou
de iluminação ou um sistema que utilize espelhos, ou periscópio ou lanternas.
Lanternas
Espelhos
de plástico.
Periscópio
didáctico.