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 A integração da educação tecnológica na educação primária

1. Introdução

Neste capítulo tentaremos identificar o verdadeiro problema da integração da educação tecnológica na educação primária.

Depois do estado da arte da educação tecnológica nos nossos países, descrito no capítulo 1, e da proposta de abordagem, concentrar-nos-emos nas consequências da produção de produtos no contexto deste projecto.

1.a Qual é o problema?

Não é a criança! Pelo contrário, as crianças gostam realmente da tecnologia. Vários estudos o comprovam (por exemplo, os estudos PATT). A tecnologia desafia as crianças: podem eles próprios fazer coisas, ser inventores. Além disso, têm sido desenvolvidos muitos materiais prontos a usar nas aulas. A questão principal é, então: como fazer para que os professores trabalhem com o material?

Parece que o professor é o verdadeiro problema na introdução da tecnologia. Até hoje, não tem havido grande investigação sobre a atitude dos professores perante a tecnologia. Uma pequena investigação sobre os professores de uma grande escola em The Hague revelou resultados surpreendentes: os professores mais velhos parecem prestar mais atenção à tecnologia do que os mais novos. Uma possível explicação é o facto de os professores mais novos, não obstante terem tido a tecnologia como disciplina na sua formação inicial, terem menos experiência do que os mais velhos e, portanto, mais dificuldade em resolver os problemas na introdução à tecnologia. Os mais velhos, por sua vez, não têm o conhecimento da disciplina que lhes permite trabalhar com a tecnologia como matéria de ensino. Não têm rotina suficiente para o registar no seu currículo. Embora este não seja um projecto de investigação científica, poderia fazer sentido manter atenção nos resultados, enquanto se produz material para a educação primária.

1.b Quais são as condições principais?

No centro da abordagem orientada para o desenvolvimento estão três conceitos. São simultaneamente pré-requisitos e objectivos do mesmo processo de aprendizagem e são válidos tanto para os alunos como para o professor:

-       autoconfiança,

-       autodomínio,

-       curiosidade.

É necessário satisfazer estas três condições para funcionar bem. São bastante semelhantes aos conceitos de autonomia, relação e competência descritos pelo especialista holandês Prof. Stevens, como adiante se explicará.

A maior parte das vezes concentramo-nos no aprendente, mas as condições para um processo de aprendizagem eficaz são igualmente importantes para o professor.